O assunto foi também matéria no Fantástico de domingo (09). Confira:
Aconteceu esta semana em Minas Gerais e teve um desfecho que você nem imagina.
Quantas histórias podem caber dentro de um carro que surge na estrada? Há um ano e dois meses Peggy é o carro e é a casa dos dois.
Alex e Lisa, um casal de ingleses como qualquer outro casal.
Quem seria capaz de pôr um amor à prova desse jeito? Eles estão há dez mil horas juntos o tempo todo.
Dividindo dez metros quadrados - chacoalhando dentro de uma quitinete sobre rodas de 25 anos de idade, cheia de marcas de uma vida aventureira.
A colher de chá foi pro porta-luvas parar de abrir. E esse não é o maior problema. Esse era o sonho deles.
Uma aventura pelo mundo. Na Inglaterra, Lisa era balconista e Alex tinha uma loja de autopeças.
Há quatro anos eles venderam tudo e compraram a passagem mais barata que acharam pra fora da Europa. Voaram até o Canadá.
E lá pagaram por Peggy o equivalente a R$ 8 mil. Desde então, já passaram por 19 países - América do Norte, América Central e Ámérica do Sul.
Agora estão no Brasil. e depois de cortar um continente, tinha tudo pra dar errado. Mas eles nunca pensaram em desistir.
“Em nenhum momento a gente disse: chega, já deu, quero ir pra casa”, diz Lisa.
“Muita gente gostaria de fazer o que a gente está fazendo, mas tem medo. as pessoas querem liberdade mas também querem segurança”, conta Alex.
Na sexta-feira de feriado, eles tomaram banho e se arrumaram.
“A maior parte do tempo a Lisa parece uma hippie dos anos 60. De repente, ela sai do carro toda arrumada, maquiada e eu perco o fôlego”, explica Alex.
Essa preparação toda é pelo dia especial. Eles escolheram o distrito de Glaura, no interior de Minas Gerais, pra se casar. Só que o que é um momento único na vida da maioria dos casais eles transformaram em algo diferente. Essa é a 24ª que eles se casam. E o 17º país em que isso acontece.
Eles juntaram a aventura na estrada com a missão de encontrar os lugares mais incríveis do mundo pra se casar.
Um dos primeiros foi um casamento cowboy, na argentina, uma cerimônia com tango.
A tribo Embera, do Panamá, nem celebra casamentos, mas fez um só pra eles. E a manta da celebração inspirada nos índios canadenses virou cobertor que os acompanha até hoje.
“A gente já queria casar. Procuramos lugares na Inglaterra, mas tudo parecia muito comum. A gente queria algo diferente, e compartilhar o que a gente descobriu com outras pessoas”, conta Lisa.
Eles criaram um site - um diário de viagem contando tudo sobre os casamentos. Isso chamou atenção e muita gente começou a ajudar - sem cobrar nada. No Brasil, um fotógrafo organizou a cerimônia e registrou toda a passagem dos noivos por aqui.
“Eu me interessei pelo projeto. Convivendo com eles alguns dias, o tanto que eles se gostam. Eu vi que não era uma coisa comercial”, conta Vinicius Mattos.
“Os amigos que a gente fez pelo caminho acabaram ficando mais próximos, afinal, eles nos viram casar, oras”, brinca Lisa.
Aos 32 anos, eles vão se casar pela 24ª vez. Eles não assinam nenhum documento, é só pra eles mesmos.
“Toda vez é como se a gente reafirmasse que a gente se ama muito”, diz Lisa.
“Nunca muda, eu sempre fico nervoso. É o momento em que a gente se compromete a passar o resto da vida juntos”, conta Alex.
A aventura dos casamentos continua, enquanto o dinheiro deixar. Pelos cálculos de Alex e Lisa, ainda têm uns dois anos pela frente. Vão continuar com o jeito deles, de casar só para eles. E não importa quem ache que é loucura. É muito doida mesmo essa coisa que chamam de amor.
Via Fantástico
Nenhum comentário:
Postar um comentário